SINCRONICIDADE do último dia de JULHO.

Phillips Arthur Wellesley

Postei a minha revista eletrônica O Martelo no domingo no último dia de julho às 16:37. Tinha me prometido que não iria chegar a agosto sem ter fechado a  nova edição. Amo cada grande livro que leio para fazer a revista, cada texto com o qual aprendo mais, faço o que amo, me delicio.

Certa vez alguém me perguntou para que faço o Martelo se não ganho nada com ele, financeiramente. Respondi com naturalidade que em primeiro lugar me dá prazer, me incentiva a estudar mais e que é minha forma de dar amor, de contribuir. Umas pessoas atendem aos necessitados do corpo, outras da alma, certo dia comprendi que o que eu fazia era minha contribuição, exatamente mostrando que é possível falar de arte, cultura e espiritualidade sem ganhar nada com isso, no sentido material, externo, mas ganhando muuuuiiitttooo mais em termos globais, internos, invisíveis.

A pessoa me confrontou com uma cara de que eu era um doido. Pois bem, vi nos olhos deles, a imaturidade, a superficialidade e não o mau caratismo, mas convicções bobas baseadas em coisas que não me dizem respeito.

Enfim, a vida é um eterno aprender.

À noite, assisti a um programa na TV que amo, amo, amo: Caçador de Múmias com o durão arqueólogo Zahi Hawass. Adoro a impaciência dele com os “mortais”, pois ele ama muito o que faz (por isso o apelidaram de Faraó) e eu o compreendo. Arqueologia é uma missão para ele, para a maioria é divertimento, profissão para “tirar onda”. Mas meus amigos, entrar em um buraco dentro da Grande Pirâmide, onde só se passa apertado e no qual se pode ficar entalado, não é para qualquer um. Eu assisto ao programa, mas fico tenso, com tanto aperto, baratas egípcias e escuridão. Sabe os filmes de terror com os quais se toma susto? Não tomo susto, mas me dá uma aflição danada, como ser emparedado nos livros de Edgar Allan Poe. Sempre penso nos mártires, câmera man e iluminador que são nossos olhos e ouvidos para gravar esses programas, que loucura.

O doutor Zahi Hawass entrou em uma câmera no interior da Grande Pirâmide com 3 estagiários (fora o iluminador e o câmera). Era impossível ficar de pé dentro do espaço, apenas encurvado.

Ele fala para os jovens: “Vejam essa inscrição!”

No teto de uma das câmaras descobertas pelos ingleses no Egito há quase 200 anos, estava escrito na pedra, um nome e uma data, 30 de março de 1837. Na verdade a descoberta foi batizada com o nome de um famoso cidadão britânico.  Os arqueólogos do século XIX não tiveram problema algum em escrever em letras garrafais sobre a passagem deles e a subsequente descoberta. Hoje em dia, essa “adição” seria impensável.

O nome escrito pelos ingleses na câmara egípcia era Arthur Wellesley, 1° Duque de Wellington, o general britânico que derrotou Napoleão na batalha de Waterloo em 18 de Junho de 1815.

Na nova edição de O Martelo, postada no mesmo dia do programa, há uma matéria sobre o Duque de Wellington.

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