AS SETE LEIS PARA O SUCESSO – parte IV

Quarta parte do livro AS SETE LEIS PARA O SUCESSO de Deepak Chopra.

A LEI DO MENOR ESFORÇO

 A inteligência da natureza funciona com um mínimo de esforço, com despreocupação, harmonia e amor. E quando aproveitamos as forças da harmonia, da alegria e do amor geramos sucesso e felicidade com um mínimo de esforço. Um ser integral conhece sem agir, vê sem olhar e realiza sem fazer.

Lao Tzu.

Lao Tzu

A quarta lei espiritual do sucesso é a Lei do Menor Esforço. Esta lei baseia-se no fato de a inteligência e a natureza funcionarem com um mínimo de esforço e total despreocupação. Este constitui o princípio da mais reduzida ação, da não resistência. Constitui, portanto, o princípio da harmonia e do amor. Quando aprendemos esta lição da natureza, realizamos os nossos desejos com facilidade. Se observarmos a natureza em ação, veremos como o esforço despendido é mínimo. A relva não se esforça Para crescer, cresce apenas. Os peixes não se esforçam para nadar, mas nadam. As flores não tentam florescer, apenas florescem. As aves não tentam voar, mas voam. É intrínseco à natureza. A terra não se esforça para girar em torno do seu eixo; faz parte da natureza. O estado de beatitude faz parte da natureza dos bebês. Brilhar faz parte da natureza do sol. Brilhar e cintilar faz parte da natureza das estrelas. Pertence à natureza humana fazer com que os sonhos se manifestem sob a forma física, com um mínimo de esforço. Na ciência védica, a ancestral filosofia da índia, que é conhecida como o princípio da economia de esforço, ou “faça menos e realize mais”. Acaba por Ir, dar a um estado em que não faz nada e realiza tudo. Isto significa que existe apenas uma tênue ideia e a manifestação dessa ideia surge sem esforço. Aquilo que vulgarmente se designa por “milagre”, na verdade constitui uma expressão da Lei do Menor Esforço.

Ganância

A inteligência da natureza funciona sem esforço, na fricção, com espontaneidade. É não-linear; é intuiticalística e estimulante. E quando uma pessoa se encontra em harmonia com a natureza, quando já, adquiriu conhecimento do seu verdadeiro Eu, pode aplicar a lei do Menor Esforço. Despendemos o menor esforço quando as ações são motivadas pelo amor, porque a natureza é estruturada pela energia do amor. Quando procuramos poder e controle em relação às outras pessoas, quando procuramos dinheiro ou poder, usamos a energia de que desfrutamos para satisfazer o ego, gastamos energias atrás de uma ilusão de felicidade, em vez de desfrutarmos da felicidade do momento. Quando procuramos dinheiro apenas para nosso lucro pessoal, interrompemos o nosso fluxo de energia e interferimos na expressão da inteligência da natureza. Mas quando as nossas ações são motivadas pelo amor, a nossa energia multiplica-se e acumula excesso de energia que possuímos e, que pode ser canalizada para criar aquilo que quisermos, incluindo riqueza ilimitada. Pense no seu corpo físico como um instrumento de controle de energia: ele pode gerar, armazenar e despender energia. Se souber como gerar, armazenar e desprender energia de modo eficiente, poderá criar toda a riqueza que quiser. A atenção dirigida para o ego consome uma grande parte da energia. Quando o nosso Ponto de referência interior é o ego, quando procuramos Poder e controle em relação às outras pessoas ou a aprovação dos outros, desperdiçamos as nossas energias. Quando essa energia se encontra liberta, pode ser canalizada e aplicada, de modo a criar tudo o que quisermos. Quando a alma constitui o nosso ponto de referência interior, quando nos tornamos imunes à crítica e deixamos de temer desafios, podemos aproveitar o poder do amor e utilizar a energia de forma criativa, no sentido da prosperidade e da evolução. Em The Art of Dreamíng, Don Juan diz a Carlos Castaneda: “… gastamos a maior parte da nossa energia para preservarmos a nossa importância. Se fôssemos capazes de perder alguma dessa importância, duas coisas extraordinárias aconteceriam. Primeiro, libertaríamos a nossa energia do esforço para mantermos a ideia ilusória da nossa grandeza; segundo, ganharíamos energia suficiente para captar um relance da verdadeira grandeza do universo.”

Aceitação

 A Lei do Menor Esforço possui três componentes, três coisas que pode fazer para pôr em prática este princípio de “faça menos e realize mais”. O primeiro componente é a capacidade de aceitação. A capacidade de aceitação requer apenas que estabeleça a seguinte regra: “Hoje vou aceitar as pessoas, as situações, as circunstâncias e os acontecimentos tal como eles ocorrerem.” isto significa que sabemos que aquele momento foi aquilo que devia ser, e como deveria ser. Esse momento pelo qual está a passar agora constitui o culminar de todos os momentos que viveu no passado. Esse momento é como é, porque todo o universo é como é. Quando luta contra esse momento, está de fato a lutar contra todo o universo. Em vez disso, pode tomar a decisão de hoje não lutar contra todo o universo, lutando contra esse momento.

Isso significa que a sua aceitação desse momento é total e completa.

Aceita as coisas como elas são, não como gostaria que fossem. É importante perceber isto. Pode desejar que no futuro as coisas sejam diferentes, mas nesse momento tem de aceitar as coisas como elas são. Quando se sentir frustrado ou aborrecido por uma pessoa ou situação, lembre-se de que não está a reagir a essa pessoa ou a essa situação, mas aos seus sentimentos acerca da pessoa ou da situação. Esses são os seus sentimentos e os seus sentimentos não são da responsabilidade dos outros. Quando reconhecer e compreender isto na totalidade, encontra-se preparado para aceitar a responsabilidade por aquilo que sente e para modificar os seus sentimentos. E se conseguir aceitar as coisas como são, encontra-se preparado para se responsabilizar pela sua situação e por todas as ocorrências que lhe parecem problemas.

"A culpa é sua!" Isso conduz-nos ao segundo componente da Lei do Menor Esforço: responsabilidade. O que significa responsabilidade? A responsabilidade significa não culpar ninguém, nem a si próprio, pela sua situação. Depois de ter aceitar determinada circunstância, ocorrência, ou problema, a responsabilidade significa a capacidade de ter uma resposta criativa à situação tal como ela se apresenta no momento. Se conseguir isto, todas as famosas situações problemáticas poderão tornar-se uma oportunidade para a criação de coisas novas e boas, e todas as pessoas atormentadoras e tiranas lhe servirão para aprender mais a realidade e constituir uma interpretação. E se escolher interpretar a realidade desta forma, aproveitará muitos ensinamentos e terá muitas oportunidades de evoluir. Sempre que tiver de enfrentar alguém tirano ou atormentador, um professor, um amigo, ou um adversário (todos significam a mesma coisa) lembre-se disto: “Este momento é aquilo que deveria ser.” Sejam quais forem as relações que tenha trazido para a sua vida, serão sempre aquelas de que necessita no momento que passa. Há Um significado oculto por trás de tudo o que acontece, e esse significado oculto serve a nossa evolução.

Distanciamento

O terceiro componente da Lei do Menor Esforço é o distanciamento, o que significa que o seu conhecimento se deve estruturar através do distanciamento e que deverá renunciar à necessidade de convencer ou persuadir os outros dos seus pontos de vista. Se observar as pessoas à sua volta, verá que elas passam noventa e nove por cento do tempo a defender os seus pontos de vista. Se renunciar à necessidade de defender os seus pontos de vista, por meio dessa renúncia ganhará acesso a imensas quantidades de energia que antes tinham sido desperdiçadas. Quando se torna defensivo, culpa os outros e não aceita render-se ao momento presente, a sua vida encontra resistência. Sempre que encontrar resistência, o melhor é reconhecer que se forçar a situação, apenas aumentará a resistência. Não deve manter-se rígido como os altos carvalhos que a tempestade quebra e derruba. Em vez disso, deve ser flexível como o junco que dobra durante a tempestade, mas sobrevive. Desista de todo de defender os seus pontos de vista. Se não tiver nenhum ponto de vista para defender, não dar ocasião a que surjam argumentos. Se praticar isto com consistência, se deixar de lutar e resistir, experimentará a plenitude do presente, que constitui uma dádiva.

 Alguém disse um dia: “O passado é história, o futuro, um mistério, este momento é uma dádiva.” Por isso este momento se chama presente. Se aproveitar o presente e formar com ele uma unidade, fundindo-se nele, sentirá um fogo, um brilho, uma centelha de êxtase vibrando em todos os seres vivos sensitivos. Quando começamos a sentir esta exultação da alma em todos os seres vivos, quando nos começamos a familiarizar com essa sensação, a alegria nasce dentro de nós, liberta-nos das terríveis amarras e obstáculos criados pelas pessoas defensivas, ressentidas e angustiadas. Só então sentiremos alegria, despreocupação, prazer e liberdade. Dotado desta liberdade simples e cheia de alegria, o seu coração sabe sem dúvida que você terá as coisas que deseja quando quiser, porque os seus desejos provêm do plano da felicidade, não do plano da ansiedade e do medo.

Não precisa de se justificar; reserve apenas a sua intenção para si próprio e conhecerá a realização, o deleite, a alegria, a liberdade e a autonomia em todos os momentos da sua vida. comprometa-se a seguir o caminho da não-resistência. Este constitui o caminho através do qual a inteligência da natureza se desdobra espontaneamente, sem fricção e sem esforço. Quando conseguir a delicada combinação aceitação, responsabilidade e distanciamento, sentirá o fluir da vida, sem nenhum esforço. Se nos mantivermos abertos a todos os pontos de vista, se não nos prendermos com rigidez a um único, os nossos sonhos e desejos fluem com os desejos da natureza. Então podemos libertar as nossas intenções, com distanciamento, e esperar pela altura própria para os nossos desejos se tornarem realidade. Podemos ter a certeza de que quando chegar a altura própria, eles se manifestarão. Esta é a Lei do Menor Esforço.

COMO APLICAR A LEI DO MENOR ESFORÇO

 Ponho em prática a Lei do Menor Esforço, seguindo estes passos:

 1 Terei de praticar a Aceitação. Hoje aceito pessoas, situações, circunstâncias e acontecimentos, tal como eles ocorrerem. Reconhecerei que este momento é aquilo que deveria ser, porque todo o universo é como deveria ser. Não lutarei contra todo o universo, lutando contra o momento presente. A minha aceitação é total e completa. Aceito as coisas como elas são no momento, não como eu gostaria que fossem.

 2 Depois de ter aceite as coisas como elas são, aceitarei a Responsabilidade pela minha situação e por todas as ocorrências que me aparecem. Sei que aceitar a responsabilidade significa não culpar ninguém, nem nada, pela minha situação (incluindo eu próprio). Também sei que em cada problema se encontra oculta uma oportunidade e o fato de me manter atento às oportunidades permite-me aceitar o momento que passa e torná-lo melhor.

 3 Hoje o meu conhecimento refere-se ao Distanciamento. Renuncio à necessidade de defender os meus pontos de vista. Não sentirei necessidade de convencer nem de persuadir os outros a aceitarem os meus pontos de vista. Permanecerei aberto a todos os pontos de vista e não me prenderei com rigidez a nenhum deles.

AS SETE LEIS PARA O SUCESSO – Parte II

A LEI DA DÁDIVA

 O universo opera através da troca dinâmica… dar e receber constituem diferentes aspectos do fluxo de energia do universo e se estivermos dispostos a dar aquilo que procuramos, a abundância do universo circulará nas nossas vidas.

A vida renovada volta sempre a esse frágil vaso tantas e tantas vezes esvaziado. Nessa pequena flauta de cana que te acompanhou por montanhas e vales tocaste sempre novas melodias. As tuas dádivas infinitas chegam às minhas minúsculas mãos. O tempo passa e tu continuas a fluir e há sempre espaço para receber as tuas dádivas.

 Rabindranath Tagore, Gitanjali

 

 A LEI DA DÁDIVA

A segunda lei espiritual do sucesso é a Lei da Dádiva. A Esta – lei também se podia chamar A Lei de Dar e Receber, pois o universo opera através da troca dinâmica. Nada é estático. O nosso corpo mantém-se em troca Constante e dinâmica com o corpo do universo; o nosso espírito mantém uma interação dinâmica com o espírito do cosmos; a nossa energia constitui uma expressão da energia cósmica. O fluxo da vida constitui apenas a interação harmoniosa de todos os elementos e forças que estruturam o Campo da existência. Essa interação harmoniosa de elementos e forças da vida funciona como a Lei da Dádiva. COMO o nosso corpo, o nosso espírito e o universo vivem da troca constante e dinâmica, fazer parar a circulação da energia é como parar o fluxo do sangue. Quando o sangue deixa de fluir, começa a formar grumos, a coagular, a estagnar. Por isso se deve dar e receber, para que a riqueza e a prosperidade – ou tudo aquilo que quiser continuem a circular nas nossas vidas. A prosperidade provém da afluência, palavra cuja raiz “affluere”, significa “fluir para”. O termo “afluência” significa “fluir com abundância. O dinheiro constitui de fato um símbolo da energia vital que trocamos e da energia vital que utilizamos como resultado dos serviços que prestamos ao universo. O termo inglês “currency”, aplicado ao dinheiro em circulação revela bem a natureza fluente da energia. A palavra “currency” vem da palavra latina “currere”, que significa “Correr” ou fluir. Portanto, se pararmos a circulação do dinheiro, se a nossa única intenção for guardar e acumular dinheiro, também faremos com que ele deixe de voltar a circular nas nossas vidas, já que o dinheiro constitui energia vital.

Para que essa energia continue a chegar até nós, temos de a manter em circulação. Como um rio, o dinheiro deve fluir, senão começa a estagnar, a parar, a sufocar e estrangular a sua própria força vital. A circulação mantém-o vivo. Todas as relações implicam dar e receber. O dar engendra o receber e o receber engendra o dar. Aquilo que sobe também desce; aquilo que vai também volta. Na realidade, receber representa a mesma coisa que dar, pois dar e receber constituem diferentes aspectos do fluxo de energia do universo. E se pararmos qualquer destes fluxos, estamos a interferir com a inteligência da natureza.

 Em cada semente encontra-se a promessa de milhares de florestas. Mas a semente não deve ser guardada; deve fazer oferta da sua inteligência ao solo fértil. Através da dádiva, a sua energia oculta flui para a manifestação material. Quanto mais der, mais receberá, porque assim a abundância do universo continuará a circular na sua vida. Na verdade, tudo o que na vida tem valor multiplica-se quando se dá. Aquilo que não se multiplica através da dádiva não merece ser dado nem recebido.

Se, no ato de dar, sentir que perdeu alguma coisa, a dádiva não foi feita com sinceridade e nada se multiplicará. Se der de má vontade, não haverá nenhuma energia nessa dádiva. A intenção que se encontra por de trás do ato de dar e receber é o mais importante. A intenção deve ser sempre para gerar alegria para quem dá e para quem recebe, para que a felicidade constitua o apoio e o suporte da vida E portanto gera o progresso. O retorno é diretamente proporcional à dádiva, se esta for incondicional e feita com amor. Por isso o ato de dar tem de ser feito com alegria. É preciso que o seu estado de espírito seja de alegria no próprio ato de dar. Assim a energia que se encontra por de trás da dádiva multiplica-se muitas vezes. Na verdade, a prática da Lei da Dádiva é muito simples: se quer alegria, dê alegria aos outros; se quer amor, aprenda a dar amor; se quer atenção e apreço, aprenda a dar atenção e apreço; se quer prosperidade material, ajude os outros a tornarem-se prósperos no aspecto material. O modo mais fácil para obter aquilo que queremos é de facto ajudar os outros a obterem aquilo que querem.

Este princípio aplica-se da mesma forma a indivíduos, corporações, sociedades e nações. Se quiser que a vida o abençoe com todas as coisas boas, aprenda a abençoar os outros, em silêncio, com todas as coisas boas da vida. Até a ideia de dar, a ideia de abençoar, ou uma simples oração têm o poder de afetar os outros. Isto acontece porque o nosso corpo, reduzido ao seu estado essencial constitui um feixe localizado de energia e informação implica energia, que se manifestam sob a forma de pensamento. Portanto, somos feixes de pensamento num universo pensante. E o pensamento possui o poder de transformar. A vida consiste na eterna dança da consciência, que se exprime pela troca dinâmica de impulsos de inteligência entre o microcosmo e o macrocosmo, entre o corpo humano e o corpo universal, entre o espírito humano e o espírito cósmico. Quando aprendemos a dar aquilo que desejamos para nós, ativamos e coreografamos a dança, através do movimento delicado, enérgico e vital, que constitui a eterna vibração da vida. O melhor meio para pôr em prática a Lei da Dádiva é dar início a todo o processo de circulação, que consiste em tornar a decisão de dar qualquer coisa a cada pessoa com quem contatamos. Não tem de ser sob a forma de coisas materiais; pode ser uma flor, um cumprimento, uma oração, Na verdade, as mais poderosas formas de dar não são Materiais. O carinho, a atenção, o afeto, o apreço e o amor constituem algumas das mais preciosas dádivas que se podem oferecer e não custam nada. Quando encontrar alguém pode, em silêncio, fazer recair uma bênção sobre essa pessoa, desejando-lhe felicidade, alegria e prazer. Este tipo de dádiva silenciosa revela-se muito poderoso. Uma das coisas que me ensinaram em criança, e que eu depois também ensinei aos meus filhos, foi o nunca ir a casa de ninguém sem levar qualquer coisa. Nunca visitar ninguém sem levar uma oferta. Pode perguntar: “Como posso dar alguma coisa aos outros em certas alturas, se não tenho o suficiente para mim?” Pode, leve uma flor. Pode levar um bilhete ou um postal que diga qualquer coisa acerca dos seus sentimentos pela pessoa que está a visitar. Pode fazer um cumprimento ou uma oração. Tome a decisão de dar, para onde quer que vá, ou quem quer que vá visitar. Na medida em que der, também receberá. Quanto mais der, maior será a sua fiança nos efeitos miraculosos desta lei. E quanto mais receber, mais aumentará a sua capacidade para dar. A nossa verdadeira natureza consiste na prosperidade e na abundância; somos naturalmente prósperos, porque a natureza provê todas as necessidades e desejos. Não nos falta nada, porque a nossa natureza se baseia na potencialidade pura e nas possibilidades infinitas. Portanto, aceitemos a prosperidade como inerente à nossa natureza, independentemente de termos pouco ou muito dinheiro, pois o campo da potencialidade pura constitui a fonte de toda a riqueza. É a consciência que sabe como realizar todas as necessidades, incluindo alegria, amor, prazer, paz, harmonia e sabedoria. Se procurar primeiro estas coisas, não só para si, mas também para os outros, tudo o resto lhe chegará espontaneamente.

COMO APLICAR A LEI DA DÁDIVA

Ponho em prática a Lei da Dádiva, seguindo os passos:

 1 onde quer que vá, ou seja quem for que vá encontrar, levo comigo uma oferta. A oferta pode ser Um cumprimento, uma flor ou uma oração. Hoje vou oferecer qualquer coisa a todos aqueles com quem contatar e, assim darei início ao processo de fazer circular alegria, riqueza e prosperidade na minha vida e nas vidas dos outros.

 2 Hoje receberei com gratidão todas as dádivas que a vida me ofertar. Receberei as dádivas da natureza: a luz do Sol, o canto das aves, as chuvas de Outono, as primeiras neves do Inverno. Também espero receber dos outros dádivas, sejam elas sob a forma de dinheiro, um cumprimento ou uma oração.

 3 Comprometo-me a manter a riqueza a circular na minha vida, dando e recebendo as mais preciosas dádivas da vida: dádivas de carinho, afeto, apreço e amor. Sempre que encontrar alguém, desejar-lhe-ei, em silêncio, felicidade, alegria e prazer.

AS SETE LEIS PARA O SUCESSO – parte I

A partir desta postagem, inicio a reprodução de trechos selecionados de “AS SETE LEIS PARA O SUCESSO” de Deepak Chopra, médico, escritor e professor indiano.


A LEI DA POTENCIALIDADE PURA

A primeira lei espiritual do sucesso é a Lei da Potencialidade Pura. Esta lei baseia-se no fato de sermos, no nosso estado essencial, consciência pura. A consciência pura constitui a nossa essência espiritual. A sabedoria pura, o silêncio infinito, o equilíbrio perfeito, a invencibilidade, a simplicidade e a beatitude constituem outros atributos da consciência pura. Quando descobre a sua natureza essencial e sabe quem de fato é, nesse conhecimento de si próprio encontra a capacidade para realizar todos os sonhos, porque nós somos a possibilidade eterna, o potencial imensurável de tudo o que foi, é e será. A Lei da Potencialidade Pura também se podia chamar a Lei da Unidade, porque subjacente à infinita diversidade da vida se encontra a unidade de uma alma total e universal. Não há separação entre nós e este campo de energia. O campo da potencialidade pura é o nosso próprio Eu. E quanto mais possuirmos a experiência da nossa verdadeira natureza, mais próximo nos encontramos do campo da potencialidade pura.

A experiência do Eu, ou “autorreferência”, significa que o nosso ponto de referência interior é constituído pela nossa própria alma e não pelos objetos da nossa experiência. O oposto da autorreferência constitui a referência ao objeto. No plano da referência ao objeto, estamos sempre a procurar a aprovação dos outros. O nosso pensamento e o nosso comportamento são sempre em função de uma resposta. Por isso se baseiam no medo. No plano da referência ao objeto, também sentimos uma necessidade intensa de controlar as coisas. Sentimos uma necessidade intensa de poder externo. A necessidade de aprovação, a necessidade de controlar as coisas e a necessidade de poder externo baseiam-se no medo. Esta espécie de poder não representa o poder da potencialidade pura, nem o poder do Eu, nem um poder real. Quando experimentamos o poder do Eu, o medo desaparece, deixamos de ter uma necessidade de controle compulsiva e deixamos de lutar pela aprovação e pelo poder externo. No plano da referência ao objeto, o nosso ponto de referência interior é o nosso ego. Mas o ego não constitui aquilo que de fato somos. O ego representa a nossa autoimagem; é a nossa máscara social; constitui o papel que desempenhamos. A nossa máscara social precisa de aprovação para se engrandecer. Procura dominar e mantém-se através do poder que exerce, porque vive no medo. O nosso verdadeiro Eu, que é a nossa alma, encontra-se totalmente liberto destas coisas. É imune à crítica, não teme os desafios, e não se sente inferior a ninguém. E, no entanto, também é humilde e não se sente superior a ninguém, pois reconhece que todos os outros constituem o mesmo Eu, a mesma alma, sob diferentes formas. Esta constitui a diferença essencial entre a referência ao objeto e a autorreferência. No plano da autorreferência possuímos a experiência do nosso verdadeiro eu, que não teme nenhum desafio, respeita todas e não se sente inferior a ninguém. O auto poder constitui, portanto, o verdadeiro poder. Mas o poder baseado na referência ao objeto representa um poder falso. Sendo um poder baseado no ego, apenas dura enquanto o objeto de referência se encontra presente. Se uma pessoa tiver determinado título – se for presidente de um país ou presidente de uma corporação – ou se tiver muito dinheiro, o poder de que desfruta desaparece no momento em que perde o título, o trabalho, o dinheiro. O poder baseado no ego só dura enquanto durarem essas coisas. Logo que o título, o trabalho, o dinheiro desaparecerem, também o poder desaparece. o autopoder, pelo contrário, é permanente, porque se baseia no conhecimento do Eu. E o autopoder apresenta algumas características importantes. Atrai as pessoas para nós e também atrai até nós as coisas que desejamos.

Magnetiza as pessoas, as situações, e as circunstâncias, de modo a apoiarem os nossos desejos. Também se chama a isto apoio das leis da natureza. É o apoio da divindade; um apoio que provém do fato de nos encontrarmos em estado de graça. Este poder faz com que sintamos alegria em nos sentirmos ligados às outras pessoas e elas também sintam alegria em se encontrarem ligadas a nós. Passamos a ter um poder de atração, uma atração que se baseia no verdadeiro amor. Como podemos aplicar a Lei da Potencialidade Pura, ao campo de todas as possibilidades, às nossas vidas? Se quiser desfrutar dos benefícios do campo da potencialidade pura, se quiser aproveitar ao máximo a criatividade inerente à consciência pura, tem de ter acesso a ela. Uma das formas de ter acesso a este campo é através da prática diária do silêncio, meditação e não-julgamento. Passar tempo no meio da natureza também constitui uma forma de acesso às qualidades inerentes a este campo: criatividade infinita, liberdade e beatitude. A prática do silêncio significa que a pessoa se compromete a reservar algum tempo para Ser apenas. A experiência do silêncio significa que a pessoa se retira periodicamente da atividade da palavra. Nesses períodos, a pessoa também se retira de atividades como ver televisão, ouvir rádio, ou ler um livro. Se nunca tomarmos a oportunidade de experimentar o silêncio, o nosso diálogo interior será sempre turbulento.

A serenidade constitui o primeiro requisito para podermos manifestar os nossos desejos, porque é na serenidade que reside a nossa ligação ao campo da Potencialidade pura, onde uma infinidade de pormenores se organiza para nós. Imagine que atira uma pedra pequena para as águas paradas de uma lagoa e fica a ver as ondas que provocou na água. Depois de algum tempo, quando as ondas se acalmam, talvez atire outra pedra pequena. É exatamente aquilo que faz quando entra no campo do silêncio puro e introduz a sua intenção. Nesse silêncio, até a mais leve intenção produz ondas no princípio subjacente da consciência universal, que estabelece as ligações de todas as coisas umas com as outras.

Mas se não passar pela serenidade da consciência, se o seu espírito for como um oceano turbulento, pode atirar lá para dentro o Empire State Building, que nada acontecerá. Na Bíblia, encontramos a expressão “Adquire serenidade e reconhece-me como Deus”. Isto só se pode realizar através da meditação. Outra forma de chegar ao campo da potencialidade pura é através da prática do não-julgamento. O julgamento representa a constante avaliação das coisas como certas ou erradas, boas ou más. Quando se está sempre a avaliar, a classificar, a rotular, a analisar, cria-se uma imensa turbulência no nosso diálogo interior. Essa turbulência dificulta o fluxo de energia entre nós e o campo da potencialidade pura. Fechamos assim a “abertura” entre os pensamentos. A abertura constitui a nossa ligação ao campo da potencialidade pura. Constitui o estado de conhecimento puro, aquele espaço silencioso entre os pensamentos, aquela serenidade interior que nos liga ao verdadeiro poder. E quando fechamos a abertura, fechamos a nossa ligação ao campo da potencialidade pura e da criatividade infinita.

Como Franz Kafka, o filósofo e poeta austríaco disse: “Não é necessário sair do seu quarto. Fique sentado à sua mesa e escute. Nem sequer precisa de escutar, espere apenas. Nem precisa de esperar, aprenda a tornar-se tranquilo, sereno e solitário. O mundo virá naturalmente oferecer-se-lhe, para através de si se revelar. Não poderá deixar de fazê-lo; desdobrar-se- em êxtase aos seus pés.”


COMO APLICAR A LEI DA POTENCIALIDADE PURA

1 Entro em contato com o campo da potencialidade pura, reservando todos os dias algum tempo para praticar o silêncio, para Ser apenas. Para além disso, sento-me sozinho em meditação silenciosa pelo menos duas vezes por dia, durante cerca de trinta minutos de manhã e trinta minutos de tarde.

2 Todos os dias reservo algum tempo para comungar com a natureza e para testemunhar em silêncio a inteligência que existe em todas as coisas vivas. Sento-me, em silêncio e contemplo o pôr do Sol, escuto o som do oceano ou de um rio, ou aspiro apenas o perfume de uma flor. No êxtase do meu próprio silêncio e através da comunhão com a natureza, desfrutarei da vibração milenar da vida,  do campo da potencialidade pura e da criatividade infinita.

Sete Leis da Sincronicidade

1. Meu espírito é um campo de possibilidades infinitas que conecta tudo o mais. Esta frase resume a totalidade do que estou expondo. Se você esquecer de tudo o mais, lembre-se apenas disso

2. Meu diálogo interno reflete o meu poder interno. O diálogo interno das pessoas autorrealizadas pode ser descrito assim: é imune a críticas; não tem apego aos resultados; não tem interesse em obter poder sobre os outros; não tem medo. Isso porque o ponto de referência é interno, não externo.

3. Minhas intenções têm poder infinito de organização. Se minha intenção vem do nível do silêncio, do espírito, ela traz em si os mecanismos para se concretizar.

4. Relacionamentos são a coisa mais importante na minha vida. E alimentar os relacionamentos é tudo o que importa. As relações são kármicas e quem nós amamos ou odiamos é o espelho de nós mesmos: queremos mais daquelas qualidades que vemos em quem nós amamos e menos daquelas que identificamos em quem odiamos.

5. Eu sei como atravessar turbulências emocionais. Para chegar ao espírito é preciso ter sobriedade. Não dá para nutrir sentimentos como hostilidade, ciúme, medo, culpa, depressão. Essas são emoções tóxicas. Importante: onde há prazer, há a semente da dor, e vice-versa. O segredo é o movimento: não ficar preso na dor, nem no prazer (que então vira vício). Não se deve reprimir ou evitar a dor, mas tomar responsabilidade sobre ela.

6. Eu abraço o feminino e o masculino em mim. Esta é a dança cósmica, acontecendo no meu próprio eu. A energia masculina: poder, conquista, decisão. A energia feminina: beleza, intuição, cuidado, afeto, sabedoria. Num nível mais profundo, a energia masculina cria, destrói, renova. A energia feminina é puro silêncio, pura intenção, pura sabedoria.

7. Estou alerta para a conspirações das improbabilidades. Tudo o que me acontece de diferente na vida é kármico. É, portanto, um sinal de que posso aprender alguma coisa com aquela experiência. Em toda adversidade há a semente da oportunidade.

Deepak Chopra